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Mensagem de Natal de Frei Alfredo, OFM - 2009

Natal marca a grande confraternização da solidariedade entre os povos. Natal lembra quem acredita, que Deus, nosso Deus, se fez carne de nossa carne e nos quer fraternos, amigos, leais, justos e irmãos. Natal recorda quem crê, que nosso Deus quis ficar sobretudo na pessoa dos pobres e oprimidos, rejeitados.

O presépio é um dos símbolos universais do Natal. Como surgiu a idéia de montar o presépio? A história registra que quem tomou a iniciativa de mostrar o primeiro presépio foi São Francisco de Assis, em 1224, preparando uma gruta, em um bosque ao redor da cidade italiana de Greccio, a cena de nascimento de Jesus tal como foi descrita nos Evangelhos.

Tomas de Celano, no seu primeiro livro sobre a vida de São Francisco, descreveu este fato com muito detalhe: “Precisamos recordar com todo respeito e admiração o que fez no dia de natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte. Havia nesse lugar um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a nobreza de espírito.
Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava, e disse: “se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que eu vou dizer”.

Acrescentou São Francisco: “Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”.

Desta maneira, fizeram um presépio, trouxeram palhas, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade.

Tomas de Celano conta que quando São Francisco viu o presépio ali exposto, o santo parou diante dele (presépio) e suspirou, cheio de piedade e de alegria. A missa foi celebrada ali mesmo no presépio, e o sacerdote que a celebrou sentiu uma emoção que jamais experimentara na vida até então.

Naquele momento, São Francisco vestiu dalmática, porque era diácono, e cantou com voz sonora o santo Evangelho. De fato, era uma voz forte, doce, clara e sonora, convidando a todos às alegrias eternas.

Conta-se ainda que “Um homem de virtude teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê dormindo, que acordou quando o santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato dormindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de uma lembrança”. Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa.

Natal caracteriza-se como a grande festa da solidariedade universal. Natal conforme o relato de São Lucas é o começo de um caminho: Jesus nasceu fora de casa, no meio do caminho de Maria e José, sem casa e sem terra (Cf. Lc 2, 1-7).

São Francisco declarou: “nasceu para nós à beira do caminho um forasteiro, um peregrino, um companheiro de nosso caminhar”. A luz envolveu os pastores com a glória divina e eles experimentaram, na humildade do menino, uma antecipação da glória que caberia a eles.

Santo Agostinho afirmou: “a glória maior é um Deus humilde”. Natal é certeza, alegria, ternura e esperança de Deus que nos torna participantes de sua glória, porque contemplamos Deus solidário, humilde, pequeno e humano.

Celebramos mais um Natal para fazer memória a todos, sem exceção. que a nossa esperança é mais forte do que a morte , que ela um dia finda, quando esse Deus conosco voltar outra vez em sua glória, para a vitória final, da paz, da justiça e do amor.

Feliz Natal e Feliz Ano Novo!
Frei Alfredo, OFM
As Fotos de ilustração desta mensagem foram tiradas por Frei Alfredo e Vânia Moreno na abertura da III Exposição Franciscana de Presépio da Paróquia São Raimundo Nonato, bairo Piçarra, Teresina _ Piauí. A exposição está aberta ao pública, no salão paroquial, ao lado da Igreja Matriz, até o dia 06 de janeiro de 2010. Contato: falar com Frei Jocélio Fone: (86) 3222 2392.

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